sábado, 7 de janeiro de 2012

Pingo Doce...igual a negócio Agridoce??




   Sede
   Pingo Doce
   Lei
   Holanda
   Discórdia



Muito se tem discutido sobre o Pingo Doce e o Jerónimo Martins esta semana.
Consigo ver a revolta e as faíscas nos olhos dos Portugueses.

Os comentários já todos conhecemos:
"-Não volto lá!
-Vigaristas!
-Mudou a sede para pagar menos."

Quantos de Nós conhecem realmente o porquê do que se sucedeu neste grupo?
Diria que poucos de Nós o sabe.
Permitam-me que discorde da discórdia em geral e para me apoiar tenho uma frase-pergunta que encontrei no DN (Diário de Notícias), do dia 5 de Janeiro de 2012.

"Discutimos de forma tão intensa quando alguns de nós decidem ir trabalhar para outro país?"

A resposta é um redondo NÃO!
O facto é que a altura é critica. e falando em factos, eles, Grupo JM (Jerónimo Martins), não mudaram a sede, venderam56% das acções do grupo dando a maioria de voto aos compradores da Holanda. Depois esta operação foi feita dentro dos termos legais em vigor, sendo feito um comunicado de participação social e esclarecimentos por parte de alguns responsáveis do Grupo (ainda que com poucas palavras "abertas" sobre o motivo, âmbito e causa). Por último, o negócio é do Grupo e accionistas, e respeitando a lei ninguém tem nada a ver com isso.
Quem pode, pode. Sempre foi assim, qual é o dilema agora? Se eles querem rentabilizar o negócio e podem fazê-lo, acho muito bem. Menos bancos houvesse em Portugal e já pagaríamos todos muito menos.

Depois ainda falam em imoralidades e de mudar a lei. Hum...não me parece que a mudança da lei possa tornar as coisas mais morais. Se puderem, olha, ponham-lhe uns extras e tragam mais emprego para quem formaram e salários mínimos de 800 euros por exemplo, sendo assim já "devem" mudar a lei.
A operação em causa não foi de todo ilegal. As pessoas e bens, singulares ou empresas, podem e devem, circular livremente na Europa, mediante as leis em vigor.
Todavia, e desconhecendo eu o caso, o Grupo pode continuar a tributar em Portugal, ou não, uma vez que desconhecemos o acordo feito. Porque a empresa não
 deslocalizou a sua actividade, procedeu sim, à venda de acções de que era titular, o que pode originar tributações no país de origem, no país receptor, ou em ambos os países.

Sublinho assim que os dividendos distribuídos podem ser sujeitos a tributação na Holanda, ou em Portugal, ou em ambos os países, são estas as opções.
Mas a manifestação prende-se com a pergunta inicial. Quantos Portugueses estarão fora, que não contribuem um cêntimo para Portugal e nem querem voltar sequer?
Bem mais que estas acções vos garanto. E preocupam-se? Não, nem eu, porque eles fazem bem.
Aos poucos vão fechando Portugal e vendendo esta nação, talvez um dia todos voltemos como espanhóis ou chineses, ou não voltemos de todo, fazendo a vontade aos nossos governantes e deixando-os a governar....bem, NADA!

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