quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Explicar o amor..

Conta-se que uma vez se reuniram os sentimentos e qualidades dos homens num lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, propôs-lhes:
- Vamos brincar às escondidas?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: Escondidas? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
A VERDADE preferiu não esconder-se, para quê? Se no final todos a encontravam?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar.
- Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com o seu próprio esforço, tinha conseguido subir para a copa da árvore mais alta.
A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, cada local que encontrava parecia-lhe maravilhoso para algum dos seus amigos - se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou por se esconder num raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para se esconder, pois todos os lugares já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas flores.
- Um milhão - contou a LOUCURA, e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus no céu sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Em um descuido encontrou-se a INVEJA, e claro, pode deduzir-se onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, nem foi preciso procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado se esconder.
E assim foi encontrando todos.
O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA numa cova escura; a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano); e até o ESQUECIMENTO, que já havia se esquecido que estava a brincar às escondidas.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local.
A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas.
Quando estava numa de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito.
Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se, chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser a sua guia.
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou às escondidas na terra: O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.

Amor...

Era uma vez uma ilha onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foram avisados os moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos se apressaram a sair da ilha.

Pegaram nos seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha antes que ela se afundasse. Quando por fim estava quase a afogar-se, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava a passar a Riqueza num lindo barco. O Amor disse:

- Riqueza leva-me contigo.
- Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para ti aqui.

Ele pediu ajuda à Vaidade, que também vinha a passar.

- Vaidade, por favor, ajuda-me.
- Não posso ajudar-te Amor, estás todo molhado e poderias estragar o meu barco novo.

Então o amor pediu ajuda à Tristeza.

- Tristeza leve-me contigo.
- Ah! Amor estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.
Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:

- Vem Amor, eu levo-te!

Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao outro lado da praia, ele perguntou à Sabedoria.

- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe até aqui?

A Sabedoria respondeu:

- Era o TEMPO.
- O Tempo? Mas porquê só o Tempo me trouxe?
- Porque só o Tempo é capaz de entender o "AMOR"."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desconstrução mental

Breve leveza do ser. Pois então, Ser ou não Ser? Eis a questão. Fundamental: Básico, Secundário, Trivial!
A caminho do paradoxo relevante da ilação deduzo por circunstancia, um furto de ocasião.
Horripilante narcotismo que em paralela combustão, confundes a mais severa das panelas de pressão, sem ritmo, sem perfil, onde está aquele Feel? Reentrância incandescente flavesces para alguns de nós, sem ontem, hoje e amanhã...hum sabes bem a castanha em Porto Mós! Viagem!! oh viagem paralítica que a tão custo, te custa a caminhar coxa, mais vale agora ao almoço comer frisada em vez de alface roxa. Mas que tamanha ousadia libertinar assim vilmente perante sabedoria de transe e pensamento.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Olha que droga...ah ah ah

Notícia que encontrei no Expresso on-line em http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1705473

"Já existem 7 lojas a vender droga em Portugal"

Não é fantástico? Para além de vir acompanhado de alguns testemunhos bastante válidos do género: Aqui é seguro, Aqui sei o que compro e assim posso socializar e aguentar a noite toda e até mais barato à grama...E depois ainda lhes chamam drogas legais o que é mais engraçado. Supostamente devem ser produtos alterados quimicamente para dar o efeito semelhante ao que a droga original dá, porque confessa uma jovem, ah e tal nota-se que é mais fraco mas bate na mesma. Epá eu acho que a malta já sabia há muito tempo que a droga é que dava dinheiro, mas quer dizer oh meus senhores do parlamento isto é um bocado absurdo porque vender droga tem graça é ilegalmente, agora assim? em lojas? E é legal. Eu percebo que seja necessário estimular a economia do país mas não estaremos a ir longe de mais? Atenção não tenho nada contra nem a favor das drogas apenas do modo como se fazem as coisas. Mas já to a ver o golpe do baú. Estou a sério. O senhor chinês compra metade da dívida do país o comércio das drogas paga a outra metade e malta vai-se safando assim....Daqui a uns anos andam a fazer o contrário. Ora vejamos...O senhor chinês não vai pagar aquilo porque é muito amigo de Portugal mas sim porque tem umas clausulas que o satisfazem bastante entre elas muita mão de obra chinesa que entrará no país depois vão andar atrás dos comerciantes destas lojas legais por atraírem demasiadas atenções e quando o boom for exponencial, vão criar leis para as fechar. Sinceramente eu não percebo este país. Podia viver noutro país? Podia. Mas não era a mesma coisa...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pagar pelo o que é meu?

Há uns dias vi esta excelente notícia num jornal que costumo ler:

"Portugal é dos países que gasta mais com a Educação e está mesmo acima da média da OCDE, segundo um estudo da mesma."

Isto a mim parece-me incrível, isto porque, primeiro, esse dinheiro tem ido mesmo para onde? Segundo, as escolas queixam-se de cada vez terem menos dinheiro... Terceiro, média de 6000 euros investidos em cada aluno? Onde? Quarto, cada vez mais alunos desistem do Superior por não terem dinheiro para suportar despesas.. Quinto, as propinas são demasiado elevadas para o défice laboral do ensino Superior actual com Bolonha. Posto estas 5 "meias reclamações", venho fazer a maior...

Quer dizer anda o rapaz a tirar boas notas, a fazer todas as disciplinas, a ficar com uma boa média, a seguir risca, prazos, datas, instruções, pagamentos, para no final dos 3 anos ter de esperar para me serem lançadas as notas, para só depois, vejam isto, poder pedir o certificado..e pimbas foi o que eu fiz, mas certificado até agora nem vê-lo! É que apesar de pago há mais dois meses os "senhores" da treta que se intitulam directores da escola foram de férias e não podem assinar o meu certificado já pago, mas esses mesmos senhores têm o emprego garantido, enquanto que eu, por falta deste documento, já "deixei" fugir 5 propostas de trabalho, onde obrigatoriamente tinha de apresentar a certificação. Ora, andam a investir em quê mesmo? AAAAAAHHHHHH bem me parecia! Remodelação de escolas...Hum, eu bem que já tinha visto, mas como aquilo era EPE, nem liguei. Sim EPE (Empresa Privada do Estado). Pois o estado também tem empresas privadas..Depois de remodeladas as escolas e de serem gastos fundos europeus nessas remodelações, passados uns anos o estado vende aquilo a alguém para ganhar dinheiro, mas o que gastaram na remodelação, na "fictícia" empresa privada, pode ir para fundo perdido não faz mal...Porque o estado não fica a dever ao estado. E esta hem!! Mas na boa remodelem e fechem umas quantas...

Agora aquilo que me é devido e que eu nem devia pagar, depois de tudo o que já paguei, tá quieto não é?

Bem me parecia...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma condição diferente

De volta...
Decidi voltar a este meu blogue, mas com moldes diferentes!
Enquanto remodelava este meu blogue, nesta nova fase da minha vida, pensava enquanto editava o meu perfil....O que sou eu, o que posso dizer acerca de mim? E cheguei a esta conclusão: "O que dizemos sobre nós pode não reflectir aquilo que somos aos olhos dos outros, mas aquilo que somos enquanto o queremos ser, por isso deixo esta tarefa para os que me conhecem..."
Com esta frase penso ter iniciado a nova fase do meu blogue reestruturado, sempre envolvido em temas que afectam a vida de todos nós na sociedade mas não de uma forma tão profunda. Será sempre a minha visão de revolta mas para além disso serei mais objectivo naquilo que procuro expressar e na tentativa de poder aqui debater alguns assuntos com os demais boguers!
Embrenhado nos livros e nas minhas descobertas sinto-me bastante bem, porém, ultimamente o tempo dedicado a eles tem sido muito menos, tenho-me ficado mais pelos filmes...
No meu próximo tema vou abordar uma reivindicação natural de um recém licenciado e como é trabalhar num super mercado....
Abraço

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Debandada Geral

A partir do próximo mês de Junho a Brisa começa a substituir os portageiros manuais por sistemas automáticos de controlo de acesso às suas auto-estradas. O processo estende-se aos 1.600 quilómetros de estradas da empresa portuguesa, de forma gradual, explica o Jornal de Negócios citando fonte oficial da empresa, e chegará a todas as portagens.

Actualmente, asseguram o funcionamento das portagens 1.280 trabalhadores, que serão alvo de um programa de rescisões amigáveis e terão apoio da empresa na procura de um novo trabalho ou ao nível da formação.

A introdução de portagens automáticas é um projecto que a Brisa começou a implementar em 2008.

O primeiro local a testar as máquinas que aceitam notas, moedas e cartões de débito foi a A17. Neste troço de auto-estrada estão já instaladas 24 máquinas de pagamento automático.

Na A15 também já arrancou a instalação de 14 máquinas que funcionarão como alternativa ao sistema tradicional de pagamento de portagens.

Fonte: http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/brisa_automatiza_portagens_1067317.html

Antes de ler esta notícia no sapo já me tinha deparado com o contexto no fim de semana passado, quando numa saída de auto estrada me deparei com a célebre "automatização do sistema". Fiquei atónico e acho ridículo substituir pessoas por máquinas, com certeza mão de obra mais barata, mas até que ponto nos leva isto? Já havia postado aqui um texto sobre os senhores da CP...O dia virá em que os senhores das bandeiras serão despedidos por sinais e sensores?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O tempo que perdemos com nada, mas que é muito.

A vida…essencial a todos nós que habitamos este planeta. Mais saudáveis menos saudáveis. Vivendo mais comodamente ou menos comodamente…enfim, vivendo. Com tempo que vai passando e é ocupado com coisas. Coisas precisas, coisas não precisas, coisas impostas e porque não, coisas, poucas coisas, por lazer…
Já repararam quantas vezes ocupamos o nosso tempo com nada? Eu digo nada de útil a nós ou à sociedade.
No outro dia vinha de mais um dia de aulas, dia de treino, no meu carro até casa…Estava uma fila de trânsito enorme a um ritmo de lambreta (rondando os 60 km hora) e pus-me a pensar no tempo em que efectivamente estava a conduzir, tempo esse que estava a perder com “nada”, mera deslocação entre algo e algo, e aquilo que poderia estar a fazer…
Bom, a verdade é que hoje, neste tempo, quanto mais tempo temos mais o ocupamos com alguma coisa. Passamos a vida a queixar-nos da falta de tempo. Mas não somos nós que criamos isso? Há uns anos atrás as pessoas não faziam tantas coisas, penso eu, não tinham tanto tempo ocupado com “nada” e sobrava-lhes tempo de lazer.
Deslocações de carro, de comboio…ocupam o tempo, mas não o ocupam com vida.
Porque estamos nós a deixar de viver?
Eu não sei. Ou melhor calculo. Mas por enquanto não vai havendo retrocesso, apenas evolução…ou chamem-lhe o que entenderem, mas que não vivemos não vivemos.
Quando jogava em Alverca e tinha de apanhar o comboio, quantas vezes não ouvia a ladainha do tipo que trabalhava em programação numa qualquer empresa de Lisboa. Que se levantava às 5 da manhã para apanhar o comboio para o trabalho. Entrar no serviço às 8.30 e sair pelas 18.00. Apanhando o comboio de volta e chegando a casa pelas 21.00 para jantar…
Que vida é esta? Pensava eu, este ser só vive aos fins de semanas…eis que descubro que trabalha em part time ao fim de semana para sustentar a casa, a família e a filha…sim porque um programador não recebe suficientemente bem para conseguir viver de forma sustentável sem que para isso tenha de suprimir a sua vida.
Se houvesse uma tecnologia tipo telepatia como já se tem visto em alguns casos em filmes, livros… e até há uma nova tecnologia da ciência que ao que parece já o faz com objectos muito pequenos. Acho que estas pessoas conseguiriam sorrir um pouco mais, estando nesse caso com a família, deixando de ser uns zombies telecomandados remotamente pela sistemática da sua vida…
O tempo que perdemos com nada mas que é muito, é efectivamente nada quando não nos concede vida e utilidade….
Parar ou viver?
Viver. Mas de que forma?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Aquilo em que acredito dito em palavras...(serve pa tudo)

Durante a era glaciar muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos espinhos porém, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos. Desta forma eles agasalhavam-se e protegiam-se mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, logo aqueles que lhes ofereciam mais calor.
Assim decidiram afastar-se uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Quantos mais morriam, mais a necessidade de uma escolha urgente. Ou desapareciam da Terra, ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam a conviver com as feridas que a relação próxima com o companheiro lhes causava, mas o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da história:

O melhor relacionamento não é aquele que une as pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, admirando as suas qualidades. Daí nasce a relação perfeita...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A descredibilização dos pais e a sua não culpa!

Cada vez mais a sociedade tem contornos de utopia. A sociedade contemporânea tem-se regido pela brevidade dos momentos e pela intensidade de cada momento. Tudo é tão rápido e tão breve que a velocidade de momentos é tipo flash. Toda a gente quer andar demasiado rápido, ver tudo demasiado rápido, consumir rápido e muito, mudar várias vezes.

Desta forma e cada vez mais, manter um emprego tem vindo a exigir a muitas pessoas um esforço imenso, uma rivalidade imensa e também um exagero de flexibilidade horária. Assim não é de estranhar que a natalidade do nosso país seja muito baixa, mesmo com os vários apoios e incentivos a jovens pais. Cada vez mais, e os estudos comprovam isso, o nosso país está a envelhecer e com a baixa natalidade, a população activa começa a não ser suficiente para “produzir” para os que já não podem trabalhar e para os que ainda estão para vir.

Com o crescente défice das condições de vida, de um país cada vez mais precário e onde a injustiça e corrupção imperam, torna-se difícil não entrar no “sistema” e não se deixar evadir por esta falta de chá que nos rouba um bem muito preciso…A VIDA! A nossa vida é talvez aquilo que de melhor temos e quantos não são os pais que não dariam a sua vida pela vida dos seus filhos? Eu acho que são muitos os que o fariam. Por isso mesmo e como cada vez é mais visível, os pais tem menos tempo para os filhos, para estar com eles, para ter tempo de lazer com eles…os que tem avós “disponíveis” costumam ficar com os avós os que não tem proliferam em instituições especializadas.

Para onde caminhamos?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sexo ou género? Indiferença ou cidadania?

Recentemente tem-se ouvido falar da polémica discussão de aprovação dos casamentos homossexuais. Apesar de ainda não estarem garantidos muitos direitos, é sem dúvida um passo importante para esta minoria populacional que merece dignidade, respeito e direitos, não descartando também os seus deveres que na maioria já são cumpridos enquanto cidadãos portugueses.
No tempo do estado novo a mulher era apenas doméstica, voltada para a maternidade. Com o despontar dos anos sessenta e com a guerra colonial, as mulheres tiveram de se emancipar e devido à guerra começaram a ocupar postos de trabalho, produzindo para o país também. Já no 25 de Abril reconheceu-se, embora de forma relutante, a igualdade entre homens e mulheres. Porém, só na constituição de 76 se conferia materialidade jurídica à universalidade deste princípio, passo que mudaria a configuração da vida privada e pública da esfera dos casais tradicionais. Com esta mudança a massificação de empregabilidade das mulheres aconteceu gradualmente com políticas orientadas para a conciliação entre o trabalho e família.
Actualmente poucos são os que ainda reproduzem um modelo de casal internamente muito diferenciado, em que um fica em casa e o outro trabalha. Menos ainda são os que apoiam a autoridade masculina.
Com a paulatina evolução do conceito de igualdade, as mulheres foram preenchendo todos os cargos e direitos que foram desvinculados, nunca descartando as contrapartidas, regalias e deveres, assumindo assim também posições públicas de poder.
Todas estas mudanças foram muito importantes e tiveram impacto forte na estrutura social, todavia a ambivalência no espaço doméstico não deixou de marcar as profundas desigualdades na vida dos casais. Dados de 2002 indicam que as mulheres continuam a fazer cerca de 12 horas semanais de trabalho doméstico a mais que os homens. É certo que sobre estas desigualdades de género persistentes ainda subsistem diferentes concepções de igualdade, entendida enquanto justiça distributiva, não só a nível estatal e de políticas sociais, como também nas normas igualitárias individualmente incorporadas. Desta forma, não se trata já do direito ao trabalho ou ao voto, mas ao direito a ser-se quem se é com igualdade de oportunidades, portanto uma maioria da equidade.
Nunca antes se pensou sequer, e remeto-vos para a tipologia de questionários que preenchemos algumas vezes, na célebre pergunta de resposta fechada Masculino ou Feminino? Actualmente a questão sexual e de género tem evoluído ao ponto de se reconhecer casos reais de pessoas do sexo masculino que em tudo se identificam e que se materializam em género feminino ou vice-versa. Estes, são ainda casos muito complicados, mas já mais vistos que antigamente, tendo em conta a forma como a sociedade tem vindo a mudar. Obviamente em sociedade dificilmente se vive sem normas e regras, mas não as impúnhamos perante seres humanos iguais a nós automaticamente e organicamente.
Que Homem é o Homem que permite a condenação do seu próximo em espécie? Todo o ser humano tem direito à vida desde que nasce. As barreiras existem na mente Humana, não na sociedade.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O caso das restaurações dos cineteatros municipais

Serviço público de qualidade

Em meados de 97 o ministro da cultura naquela altura, Manuel Carrilho, deu um passo bastante importante ambicioso que iria reformular de norte a sul do país vários recintos culturais.

No espaço de 10 anos assistimos a um esforço conjunto entre governos e autarquias, com a ajuda preciosa das comparticipações europeias, para dar uma cara lavada a estes espaços culturais. A este projecto inseriram-se não só a reformulação de fachadas, como foi visível, mas a dotação de estruturas de programas culturais sustentáveis, em oferta, qualidade, profissionalismo e abrangendo o vasto público.
Este projecto obviamente tinha várias implicações, entre as quais surgem questões como estas:

• O que é uma programação de qualidade?
• Quem programa?
• Quais são os recursos necessários?
• Quais os públicos?
• Como gerir um espaço cultural e garantir a sua sustentabilidade?

Tendo em conta os direitos constitucionais de sucesso de todos os cidadãos à cultura e educação parece-me que depois de respondidas as questões acima proferidas esta oferta cultural seja isenta, profissional e de qualidade.

Claro que aliada a esta reformulação de “fachadas”, importante convém referir, assistiu-se depois a um sucumbir das lacunas inicialmente preenchidas. E de que forma? Muito simples. A oferta cultural, não acompanhou a inovadora estrutura física dos vários espaços. Nos sítios onde isso aconteceu, apenas conseguiram sobreviver durante dois anos no máximo até que ficassem sem verbas, falta de equipamento ou de pessoal, ou de sofrerem privatizações e a oferta se tornasse monocultural. Desta forma a única maneira vislumbrada para subsistência foi transformar o inovador e dinâmico espaço numa arrecadação de pedidos de actividades locais, não menosprezando claro o seu direito e espaço, que também deve ter e usufruir. Mas esta não será a oferta e gestão cultural que queremos contrariar? Com pouca frequência, deslocada de conteúdo e de abrangência apenas para os que se sentem empáticos com estas instituições.

Nos vários espaços reformulados poucos são os que possuem um gestor cultural, assumindo este cargo em larga escala este cargo os vereadores da cultura das câmaras municipais, dando azo à confusão de responsabilidades politicas e executivas e partindo do pressuposto que a gestão e programação cultural não precisam de quadros profissionais, como por exemplo animadores culturais.

Na grande maioria dos casos confunde-se serviço público com domínio público. Não se trata aqui de contabilizar o número de visitantes do espaço relacionando-o com o sucesso do investimento, trata-se sim de prestar serviços de qualidade, com estruturas programacionais eficazes e culturalmente ricas, condicionando as verdadeiras potencialidades.

Mas afinal o que é um serviço público de qualidade se não quando o mesmo serviço assegura a garantia de um funcionamento profissional, a inserção numa política cultural municipal e a interacção em rede com outros equipamentos culturais a nível nacional.

Apesar de desde o inicio deste processo se falar em rede de recintos culturais, só recentemente o ministério da cultura executou com sucesso algumas redes culturais, sendo um óptimo exemplo a artemrede, criada em 2004 de Lisboa e vale do Tejo.

Que futuro para estes espaços se os deixarmos morrer, quando ainda agora ressuscitaram?
Mais grave que isso. Como podem a meio da reformulação dos mesmos com obras pré acabadas, alterarem normas relativas a segurança, espaço e outros pormenores que condicionam que os mesmos possam abrir a público?
Estamos em Portugal.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Em conversas... comentário espontâneo...

olhe vou indo menos mal, contudo se me pudesse livrar do imenso trabalho que tenho neste final de semestre acredite que estaria bem melhor, mas...1 minuto será sempre 1 minuto e espero nunca me vir a lamentar por perder 1 minuto da minha vida, ganhando tempo de amizade...assim o diz o ditado que inventei para mim próprio...mais vale perder 1 minuto com um amigo, do que ir perdendo os minutos e os
amigos...logo, como está?

Deveras interessante eu seu conceito de sacudir o capote, mas confesso que não me queria livrar dele, no seu sentido lato, apenas aliviar a pressão e gerir os seus timmings a meu belo deleite...evocando a entropia redundante de quem controla o tempo e poderá desfruta-lo sem promiscuos obstáculos, não seja mais um BPN se ele existe é para seu bem, nosso bem, a possibilidade de poder enriquecer a nossa
visão do mundo enquanto outros vêem o mundo passar e apenas lutam para sobreviver...
dê graças pois é uma feliz contemplada...comida, roupa, casa e oportunidade de ir mais além...nada nos falta...
apenas sensibilidade às vezes de nos colocar-nos no lugar alheio e pertencer realmente aos que sofrem não aos que lamentam que sofrem...

eu acho que nós vivemos muito o que queremos para não atingir o que desejamos.......bem, deixa lá isso tenho saudades de pensar abstractamente, de escrever, de falar, de pensar no mundo e no nada...o nada que nos passa todo os dias ao lado que é nada pelo valor que lhe atribuímos mas que é tudo segundo a lei de massa do universo, ocupando espaço e tempo tal como nós...
to demasiado chato hoje, demasiado complexo, tudo e nada, nem mil palavras nem mil devaneios, nem débitos de cultura pragmática na praxiologia da letra me conseguiriam exteriorizar no exacto momento da minha nitidez insensata do estado que estou agora que é...não sei...um misto de falta, um misto nostálgico, um misto de tudo e nada e isto porquê? Simplesmente por que não compartilhei o dia, resumido
na palavra reconfortante do consolo que anseio...foste embora e eu fiquei no vazio...vazio por não saber, cheio de não te ver e agora exteriorizo será que o desejo de não te perder se realiza na materialidade de te ver..não sei...
só sei que o teu olhar reconforta,
que da tua boca sai a nota,
que na tua alma sinto-me em paz...
e porquê? Bom é simples tu ouves-me, tu compreendes-me, mesmo assim...


usando um pequeno texto do Miguel Sousa Tavares em No Teu Deserto (118,119:2009):

"...Hoje já ninguém vai ao nosso deserto, Cláudia...
...A razão principal é que já não há muita gente que tenha tempo a perder com o deserto. Não sabem para que serve e, quando me perguntam o que há lá e eu respondo "nada", eles riscam mentalmente essa viagem dos seus projectos. Viajam antes em massa para onde toda a gente vai e todos se encontram. As coisas mudaram muito, Cláudia! Todos têm terror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, mails e contactos no Facebook e nas redes sociais da Net, onde se oferecem como amigos e quem nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contactam-se para não perder tempo; em vez de se descobrirem, expõem-se logo por inteiro..."

Sim não foi minha autoria, sim eu sei não fui original como sempre sou, mas quero tanto que o leias que não resisti por este pouquinho, que é nada, num deserto imenso do que o nada pode significar para nós, de tão abundante que é, contempla-lo não é para todos, percebe-lo muito menos. Acho que ele age como aquela frase: "Faz tudo como se alguém te contemplasse", acho que o deserto é assim um imenso de contemplação que faz algo para alguém, parecendo toda a gente, mas sendo apenas para um par só, o da história do Miguel S. T. ou o nosso, porque contemplar a par deixa tudo tão mais bonito!


Bom,

não posso deixar de fazer o reparo de que...estou petrificado com a tua escrita, porque sendo sincero não estava à espera de encontrar algo tão "suave" e tão "rico".
Aquilo que escreves é como um topping de caramelo num crepe acabado de fazer...
Primeiro tens a massa e olhas e...baahhh que aspecto! Depois...
Vai para a chapa e eis que a massa algo "desnutrida" à vista nua, ganha forma e cheiro e voilá, as pupilas gustativas salivam de emoção...Finalizando..
Vem o topping de caramelo que já é um extra aquela maravilha e que nunca se põe em excesso apesar de querermos muito, e o que se faz, deseja-se que isso aconteça, mas saboreia-se por isso não acontecer, porque o que é demais enjoa e porque o que parece pouco, adoça a vida de uma maneira que saboreamos muitas vezes imaginando o como é pouco o topping no crepe...


Nos dias que te não oiço...que breve pesadelo atormentado na neblina...sonho. O sonho começa a não chegar. Minto-me, nego, finjo que me é indiferente...mas toca-me! Não quero, não queria, não assim...Aconteceu. Deixámos acontecer, mesmo sem eu querer. Nunca pensei...e que bem fiz eu. O tempo que corria, agora anda. O sentimento, hum...esse é forte. ahhhhh, acordo e ainda aí estás, companheira, simples, a meu lado interessadamente. Dou-te o meu melhor porque não quero saber...não queria, agora quero. Interessa-me o teu interesse. Suscita-me a tua aptidão de fazer bem e de ligar as peças pelo encaixe..tão simples, sem racionalidade..dois num só. O resto cresce vai crescendo à volta...verdade, não estamos parados, mas não forçamos nada, apenas nos damos, porque o queremos, porque nos agrada, porque nos faz bem...Suspiro e sinto! É forte...e digo surpreendido,eu não queria.
Mas deixei-me querer...
Alimento, deixo alimentar e quero mais...estranho, cruel, exigente talvez...mas não posso não querer. Não o quero para mim, oh não, quero para nós. Sozinho nada, apenas metade, apenas racional, apenas teórico incompetente sem o que me liga ao mundo. Junto a ti, compreendido, ouvido, pensativo de uma forma simples e directa, actor e não planeador...completo. Completas-me...
Vou ali e já venho....experiência, teste...(já não vai estar eu sei, não importa foi bom, foi como se quis).
Mas estás! que quer dizer...que queres, que pretendes..
Feliz....por nós!
Nada me importa a não ser o que somos, só nós, para nós....
Somos Tanto....


olá...
No mínimo o teu hi 5 é bastante curioso, a tua galeria pessoal tem um toque artístico bem engraçado, diria curioso.
Eu acho que estamos num mundo onde as acções tem consequências sim, mas nem sempre as consequências que expectamos. Concordo que seja um mundo invisível, onde parece que mostramos tudo ou um pouco, mas na realidade aquilo que menos costumamos mostrar é quem somos realmente e o que sentimos de verdade e escolhemos locais como este para nos expressarmos e mostrar-mos...aquilo que desejamos ser, sentir e exteriorizar..Isto não nos liga à vida, às pessoas ou ao mundo, isto liga-nos sim, ao interesse de continuarmos ligados, ligados a coisas que vemos, lemos e ao nosso computador que não é mais do que a janela fumada de algo que não se vê muito bem, os outros e nós mesmos. Muitos perdem realmente a sua identidade, manifestando-se por necessidade de uma janela transparente que não esta, muitos mantêm-se fiéis a si mesmos no inicio e acabam por ceder e muitos os há também que são fiéis a si, parecendo elementos estranhos e não modernizados dentro do moderno..
Quando em qualquer rede social temos muito, esse muito acaba por se tornar pouco e assim o é também na vida. Vivemos `velocidade da luz, consumimos o imediato, aqui e agora, e quando parece ou temos a percepção que já conhecemos tudo, já vimos e sabemos tudo, então optámos por mudar, porque já achamos estranho estranho estar bem, estáveis, acomodados...e vivemos assim como nómadas sem pouso, sem rumo, sem identidade, simplesmente mudando à espera que um dia tudo bata bem, sem que os nossos objectivos sejam trabalhados...que noção mais distorcida..



Não rejeitarás?

Eu penso que não devermos pensar no que faltou ou no que falhou. Devemos pensar no que fizemos e a forma como fizemos. e porquê? Porque se assim aconteceu, foi porque tinha de acontecer. Não poderemos mudar o que passou, podemos reflectir e querer ser melhores depois. Já to havia dito e digo-te de novo :) Não queiras redimir-te do que fizeste ou como agiste, tenta apenas dar o melhor de ti e terás sempre a certeza, que apesar de te parecer incompleto, foi a tua dádiva, foi o que tinhas para dar, foste tu. Não damos sempre o mesmo, com a mesma intensidade, com a mesma alegria e força, mas eu dou sempre, mais ou menos, sou eu e o melhor que tento ser e aí já tenho a certeza que fiz algo maravilhoso ;)

abraço e continua a brilhar



olá...

tu tens tido tempo?? bem estranho isso, nem sei bem o que dizer! ah sei...pois eu notei muito isso da minha parte..
Quanto ao farmville acho que é mesmo um joguinho de quem não tem nada que fazer e quer brincar aos agricultores, é que nem se aprende como se fazem as coisas de verdade!!

Enfim..a frase também deve ter tido piada no contexto, mas agora não enxergo qualquer razão para ter piada visto que a sexualidade ainda é assunto sério e tabu na sociedade portuguesa, apesar de já ser obrigatório na escola a educação sexual!

arriscar é ter a certeza de tudo e de nada...é sentir na pele, é ganhar e perder assim...do nada...do tudo! surge e desaparece, revê-se ou talvez não. Sempre se arriscará, mais ou menos. Certo é que para viver há que arriscar...eu já o fiz...

Dizem que o sonho comanda a vida...
Dizem que os jovens de hoje não sonham, que simplesmente são tão indiferentes que não têm uma causa por que lutar...

Porque sonhar ao fim ao cabo é isso, ter uma causa. Nossa, de um grupo, com outra pessoa...um objectivo aparentemente longe, na iminência do perto...

O sonho não se toca... mas sente-se!

Há quem sonhe, e chore por sonhar...e há quem o faça e delire de alegria...

O sonho é uma arte...e realmente comanda a vida....

No dia que o sonho morrer, o mundo morre com ele.
E entre o holocausto e o devaneio, permaneço sonhando acordado,
pelo aquilo que anseio,
e que aqui me manterá mais um bocado!!


As relações interpessoais são complicadas porque afectam duas ou mais pessoas em comum com um mesmo assunto, daí nascem os conflitos mas também as resoluções!
Prefiro ter problemas junto do que ser feliz separado!!

Em tudo na vida,
Sua perspectiva,
a cada olhar,
o próprio perspectivar.

Cada um vê como vê,
independente da razão,
vê o inconsciente,
e a afinidade que tem ou não!

Tudo cresce, tudo evolui, tudo se transforma,
até o real e o fictício ganham forma,
numa era de conturbados contornos absolutos,
nada é mais bonito do que ver os putos!

A pureza, a alegria e a simplicidade,
combinam a mais versata de todas, a beldade,
enfeitiçando velhos e graúdos num frenesim,
e resta o absurdo que é absorvido no fim.

O mundo e a sociedade fundem-se num tosco,
contestando com a elegibilidade o seu maior posto,
exibindo e vangloriando tudo o que tem em si,
tem mais que muito mas eu prevejo um fim!



A cada silêncio teu, um suspiro meu.
O som eterno desse silêncio que não se ouve e que nos mói. Pelo desconhecido, pelo des-emotivo, pela falta e pelo grito que não sai.
Liberta-te, revolta-te, envolve-te e por fim grita...

Vital

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Como se vota quando se é analfabeto?

As legislativas já foram, eis que surgiram as autárquicas…que no entretanto também já se foram. Mas aquela sensação de agitação não se fez sentir (pelo menos para os meus lados). Aquela brisa de mudança que se sente no rosto perto do mar, ainda não se fez sentir com estas votações, no entanto uma questão mais alta se levanta.

Quando fui votar nas legislativas reparei na quantidade de partidos e forças políticas que o papel A4 apresentava com os nomes dos partidos todos bonitinhos. Por esta altura surgiram-me umas interrogações quase instantâneas…

E se eu não soubesse ler nem escrever como poderia eu votar?
Será que as pessoas analfabetas votam?
Será que há uma forma de estas pessoas votarem, escolherem, sem serem influenciadas?
Mais uma vez eu não sei como se processam casos destes, mas sei que as pessoas com deficiência já têm outras hipóteses de voto, como por exemplo as pessoas com deficiência visual, ou estou enganado?