quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Afinal Darwin tinha razão – especificações de uma geração morangos

Já repararam como os miúdos crescem hoje em dia?

Um amigo alertou-me para esse facto, que já não me era desconhecido. Mas a verdade é que temos cada vez mais miúdos entre os 12 e os 16 bastante atraentes fisicamente e com um desenvolvimento hormonal e estrutural “fora da idade”. Muitos poderão ser os factores modelantes desta renovação física destas gerações mais novas, mas é um facto que trazem ilusões e problemas para todos os que possam sequer, por amizade ou por trabalho envolver-se com estas criancinhas bonitinhas. Digo isto porque já se sucederam vários episódios, de salientar tristes, para os envolvidos, que não deveriam acontecer, mas acontecem exactamente por esta aparência tão madura e bela destes jovens.

Que tem Darwin a ver com isto? Bom é muito simples Darwin entre muitas coisas, hipotecou uma teoria de que as espécies mais vindouras e resilientes seriam aquelas que permaneceriam mais tempo, ou seja, dentro de uma manada, os mais fortes, mais aptos e com maiores capacidades seriam aqueles que por várias situações da altura sobreviveriam face aos que não possuíam estas características. Posteriormente esses que sobreviveram passariam à descendência os seus magníficos genes “mega super”, que os fizeram ser duradouros. Ora existe aqui um afunilamento de qualidades que são passados de geração em geração enquanto os “podres” se extinguem.

Ora, isto é o que de forma mais ou menos adaptada por mim, acontece hoje, há um estreitamento de condições sociais e físicas, criadas por estereótipos e xenofobias que levam ao balizamento e condicionamento desta geração “tão igual por fora e tão madura (exteriormente) ”. Como aquilo que vai passando é esta atitude, esta forma de crescer e a preocupação com a imagem, cada vez mais o resultado especifico que vamos observando é este, de estética inigualável.

Até onde iremos parar?

Esta pergunta é bastante difícil de responder, mas cada vez mais, aparentemente, os jovens parecem todos iguais, ao ponto e eu ter confundido um manequim da montra com um jovem que segundos depois passou por mim com o vestuário exactamente igual.
Modelamos, modelamos e modelamos e deixamos sem muita preocupação de trabalhar o interior destes jovens, os seus valores e a sua educação. Vivam os morangos.
Não são assim tão maus digo-vos eu, têm mensagens subentendidas bem boas, mas alguns dos jovens de hoje não têm essa perspicácia mental e ginástica social.

“A teoria da evolução, evolucionismo, Charles Darwin, evolução dos seres vivos, adaptação ao meio ambiente.

No decorrer deste último século os cientistas descobriram várias pistas que os levaram a algumas comprovações sobre a teoria da evolução.
Sabe-se que a princípio, não existiam seres vivos possuidores de coluna vertebral. Antes do surgimento dos primeiros vertebrados milhões de anos passaram na história da evolução. Os primeiros a aparecer tinham a forma de peixe, e somente milhões de anos depois é que os primeiros anfíbios passaram a existir, e depois vieram os répteis, pássaros e mamíferos.

No decorrer de todo este processo, inúmeras explicações surgiram, contudo, a mais conhecida foi explorada por Darwin (teoria evolucionista). Ele observou que não existem duas plantas ou dois animais exactamente iguais.
Observou também que essas diferenças são benéficas para a obtenção de mais alimento, facto que permite uma melhor formação e um tempo de vida mais prolongado. Essas variações passaram de geração para geração e foram muito úteis para o desenvolvimento dos seres vivos.

Após milhões de anos, a aparência de animais e plantas ficou bem diferente do que era. Aqueles que se desenvolveram melhor foram os que tiveram a oportunidade de se adaptar às inúmeras mudanças que ocorreram no nosso planeta.”

Fonte: http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/evolucao.htm

3 comentários:

  1. Olá, André.
    Concordo com o que descreves no teu texto, mas queria antes de mais deixar uma achega. É certo que nos dias de hoje, os jovens a nível físico estão cada vez mais “evoluídos”, levando a que tenhamos alguma dificuldade em perceber se é uma criança de 12 anos ou uma jovem de 17. No entanto, quanto a mim parece-me que a sociedade está a esquecer-se de alguns aspectos muito importantes para que esse crescimento seja algo de muito positivo. Como tens reparado podemos ver que a estas gerações mais fortes e jovens temos para com elas uma grande falta no que respeita à Educação, transmissão de valores entre outros.
    Sendo assim, acho que seria um grande ponto a apostar para estes jovens, como podemos ver no dia-a-dia apesar de terem acesso a muita informação estes por vezes não sabem muito bem como a utilizar. No entanto, acredito que um dia se chegue a um equilíbrio que permita que esta geração tão vela por dentro como por fora.
    Beijos

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  2. Obrigado Andreia pela tua achega.
    Concordo contigo quando dizes que existe uma lacuna por preencher com a educação destes jovens mas infelizmente hoje não se apontam o dedo aos jovens mas a quem os educa, coitados dos jovens...
    Se em vez de andarem preocupados em avaliar professores, se preocupassem a ter um ensino educacional mais assertivo e eficaz, não teriam de andar a avaliar os professores para os obrigar a transitar alunos, quando se tem tudo de borla, tudo o que se consegue por si próprio deixa de ter valor e é aí que se perdem alguns dos valores, algum do respeito, porque "nós" não queremos que os jovens sofram, "nós" queremos compensar os jovens pela ausência, "nós" não temos tempo de cuidar dos nossos jovens e se nos chateiam mais vale dar-lhes algo que queiram para os ensinar paulatinamente a ser parasitas da sociedade e chulos profissionais da chantagem emocional. "Nós" concordamos que eles não tem a melhor educação e a melhor transmissão de valores, mas continuamos a compactuar com tudo isto.

    Obrigado pela tua opinião

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  3. Olá.
    Concordo plenamente e no meu ponto de vista acho que temos em falta o esforço de toda a sociedade para que tudo isso seja banido da sociedade. Pois acho que os jovens poderiam passar por certas dificuldades em vez de permitirmos que eles tenham tudo de mão beijada, o que vai fazer com que não cresçam como pessoas.
    Sou a opinião que a forma como se ensinava antigamente era mais pura e eficaz, não querendo com isto dizer que aprovo a violência que alguns professores tinham para com os estudantes. Aprovo sim, a forma como os estudantes saiam a nível académico, o tipo de preparação. Pois não como nos dias de hoje que mais parece um faz de conta.
    Acho que o faz de conta devia acabar, e acima de tudo devia haver mais respeito em geral.

    Beijos

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