domingo, 9 de janeiro de 2011

A falta de açúcar que não era falta de açúcar.

Andaram para aí a dizer à boca cheia que o açúcar ia acabar. De repente todos os noticiários mobilizavam os seus correspondentes para as prateleiras dos super mercados, com grande urgência diga-se!

Eu cá nunca acreditei, achei que fosse marketing…resultou!

Dramático faltar açúcar no natal não? Logo no natal. E os doces?

Todos os telejornais abriram com a “triste e penosa” noticia da crise do açúcar…”os stocks estão quase, mas mesmo quase, em ruptura iminente.” Opá e agora? Temos que nos precaver que o mundo vai acabar. (Curioso nunca mais falaram no açúcar). E para nosso espanto, não é que nos dias seguintes houve efectivamente uma ruptura dos stocks de açúcar? CUM CANECO. LOL

Vejam só como somos controlados e com esta Europa tem sido mazinha. 1.º Ensinam-nos a ser auto-suficientes, a plantar e tal, agora nem podemos lavrar a terra. Antigamente sempre comercializávamos para o Brasil, o nosso açúcar e escravos também (que não era bom), agora nada de açúcar nosso.

Acho que não houve tanta loucura dos “agarradinhos” ao açúcar, como quando em 97 a polícia fechou o casal ventoso por 48 horas, isto sim foi uma loucura de ansiedade e stress. Se calhar ninguém se lembra que em Portugal temos 1 milhão de diabéticos e que o “branquinho” faz mal.

Ora vejamos:
-40% Dos casos de diabéticos não são diagnosticados previamente;
-2025 Contará com 2 milhões de diabéticos, num país em que existem cerca de 10 milhões de habitantes;
-30% Das crianças são obesas.

Meus amigos, com os hábitos alimentares a degradarem-se cada vez mais e com a cultura da Playstation e da X – Box, é normal que estejamos a criar os campeões europeus nesta matéria. Nós, portugueses, ingerimos mais de 35 quilos por ano deste néctar branco. O açúcar está abusivamente em todo o lado, dos cereais ao refrigerante, mas ainda assim nós vangloria-mo-nos como um velhote no noticiário da noite. Feliz declarava ter conseguido, bastante satisfeito, ter comprado 10 quilinhos. Este senhor deve ter passado a noite de natal a oferecer açúcar à família, 1 quilo a cada familiar.

Felizmente o resto fica para a herança.

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