segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Uma politica de abstenção não favorece a decisão.

E o vencedor das legislativas é?
Aparentemente o PS (partido socialista) foi o vencedor das legislativas de 2009, contudo a tão esperada maioria absoluta não foi um objectivo alcançado.

E isso era importante?

Para o PS sim, para os outros partidos uma questão de descentralizar o poder e para o resto do mundo algo que tanto faz.

Depois de ler todos os programas partidários e de ver alguns confrontos directos, os mais importantes e os que não se lavou roupa suja, pareceu-me evidente em quem votar. Mesmo assim houve quem não o fizesse.

No que respeita à abstenção, há quem diga que foram os portugueses, há quem diga que foram os outros partidos que souberam angariar com as suas politicas o eleitorado, eu digo que foi a própria abstenção. A abstenção foi quem roubou a maioria ao PS e quem efectivamente ganhou estas eleições com uma margem superior à de todos os partidos.

Como surge a abstenção e quais as suas repercussões?

A abstenção na minha visão, sofre de dois factores importantes, a falta de educação para a política e para o direito e dever cívico, participativo e decisivo, e obviamente para a crescente desmotivação de um povo que não vê melhorias nem a curto nem a longo prazo, assumindo ignorantemente que venha quem vier não haverá melhoras.

Será que é assim que tudo acontece? E se todos se abstivessem o que aconteceria?

Aparentemente é assim que vejo acontecer e não me parece que uma tentativa de pequena vingança ou represália para com o estado português tenha efeitos assim tão devastadores como os que as pessoas que não votaram acham que teriam. Esses efeitos seriam devastadores sim, se todas as pessoas votassem conscientes do que estão a votar, conhecendo as medidas e as politicas dos programas eleitorais e fossem instruídas o suficiente para serem fies aos direitos e deveres que cada cidadão e ser humano têm para viver em sociedade.

Se todas as pessoas se abstivessem nestas eleições com certeza novas eleições seriam agendadas e assim consecutivamente até um partido eleito. Mas tomando em conta o que junta as massas, a força do povo junto, “chamo” a este texto os locais onde melhor se faz isto. Esses locais são mesmo as associações culturais e recreativas locais, onde evidentemente é a força humana e voluntária que move tudo o que se cria, se faz e se transforma. A força de um todo, do colectivo, de pessoas diferentes que se juntam em prol da comunidade, tal como numas eleições deveria acontecer.

Diferenças?

Sim é totalmente diferente juntarmo-nos para ajudar a por tudo no sítio para uma festa popular, ou para um acontecimento social em prol da comunidade e votar em quem comandará Portugal, encaminhando-nos para melhores rumos. Logo, demarco aqui que apesar da importância real de trabalhar localmente e ir aumentando o círculo ate ao nacional, parece-me evidente que não podemos trabalhar localmente sem a maior decisão nacional, aquela que nos confere quem assuma algum do controlo que tende a distribuir-se neste país de comboios descomandados.

Acham que não faz diferença, seja qual for o poder político?

Estão muito enganados meus amigos. Faz toda a diferença. Ao ponto de um amigo meu PSD ferrenho e membro da JSD, me dizer sem qualquer medo que não votaria no seu partido, não depois de ler o programa eleitoral, não depois de ver alguns debates bem atabalhoados em português, não com esta líder partidária. Parece-me aqui óbvio que há ainda pessoas que conscientemente tomam as suas decisões muito para além da razão inequívoca de clubismo. Um partido não é um clube de futebol. Não devemos ser adeptos do nosso partido mas sim, adeptos da melhor ideologia política para o nosso país.

Como dizia Sócrates quando esmiuçado pelo gato fedorento, ser primeiro ministro não ter um emprego é muito mais que isso e com esta convicção clubista continuaremos a dar “empregos” a quem não os merece.

Pensem nisso?

1 comentário:

  1. Quase que me sinto atingida porque faço parte dessa abstenção. Mas por razões de força maior claro!!ahah. Acho apenas que isso mostra que para os portugueses, seja qual for o partido, a "cena" (para não dizer outra coisa,lol)será sempre igual.Qualquer um que vá para lá terá o "emprego" que não merece.

    Felicidades caro coleguinha sim?e continua a presentear-nos com estes temas tão interessantes e importantes. ahah.Gost tanto de te chatear! :) e já agora PARABENS;)

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